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Conexão com mercado externo, patrocínios e credibilidade: superintendente destaca busca por 'modernização' do América

Clube alviverde se empenha para seguir crescendo no cenário esportivo

postado em 12/06/2020 07:00 / atualizado em 11/06/2020 23:24

(Foto: Mourão Panda/América)

América segue em busca de modernizar o clube para alçar voos mais altos. De olho no sucesso esportivo em longo prazo, o Coelho investe em serviços de consultoria e busca parceiros para ter uma gestão ainda mais profissional e competir em alto nível na elite do futebol brasileiro.

Para isso, o primeiro passo do clube é manter o equilíbrio das contas e a constante busca por ‘quebrar barreiras’. Em entrevista ao Superesportes, o superintendente-geral Paulo Assis explicou o ‘desafio diário’ da diretoria americana em prol de uma agremiação mais moderna e profissional. 

“Esse é um desafio cotidiano do América. A gente quer se tornar um clube cada vez mais moderno e profissional para captarmos outras fontes de receita e nos tornarmos um clube vendedor mais agressivo, podendo ser mais visto lá fora e quebrar barreiras”, disse.

A mudança vai permitir que o clube consiga mudar de patamar no cenário esportivo. O projeto de modernização do América também permitirá uma conexão com o mercado externo, valorizando não só os atletas, mas aumentando significativamente as suas receitas. 

“A gente vendeu 50% do passe do Richarlison (para o Fluminense) por R$ 10 milhões. Um ano e meio depois ele foi vendido (ao Watford) por 9 milhões de libras. Imagina se a gente tivesse conseguido manter ele aqui e tivesse uma conexão com o mercado externo? Nós teríamos feito essa venda pelo clube e teria uma grande diferença na nossa receita. Porém, isso é um desafio. Não é só segurar o atleta, tem uma série de aspectos internos no clube para a gente conseguir fazer isso. Isso passa também por essa mudança no América, que vai trazer benefícios para a gente e também fomentar para que investidores olhem para o Brasil com pouco mais de credibilidade. Eu acho que a gente sai na frente em relação a isso, o América goza dessa credibilidade em relação ao mercado e estamos otimistas para que a gente consiga até o final do ano buscar uma parceria para os anos seguintes”, completou Assis.  
 
 
 
O Coelho vem colocando em prática o projeto de modernização do clube. Em 2018, a cúpula alviverde apresentou o projeto de ampliação de seu centro de treinamentos, que passará a ser chamado de Planeta América. A ampliação da nova casa será feita em  parceria com a MRV Engenharia e terá um investimento no valor de R$ 30 milhões

As obras de expansão do CT tem previsão de conclusão em dois a três anos e a programação não sofreu alterações em função da pandemia do novo coronavírus. Segundo Paulo Assis, o Planeta América é o ponto central de transformação do clube.

“O Planeta América é o ponto central de transformação do América. A conclusão do projeto faz parte de uma das premissas adotadas para qualquer investidor que vier para o clube. 
Isso eu posso cravar. Se vier alguém para investir, parte desse dinheiro vai ser usado para a finalização do Planeta América. Isso é premissa, porque nós precisamos aumentar e melhorar a formação de jogadores. Não é que a salvação está na base, mas faz parte desse processo”, pontuou.

Os garotos formados nas divisões de base do clube sempre ganharam espaço no elenco da equipe principal. De acordo com o superintendente-geral do Coelho, a ideia do Planeta América é ter métodos cada vez mais assertivos quanto à revelação de atletas.

“Nós já temos 40% dos nossos atletas no elenco principal, oriundos da base do América, mas a gente precisa que isso se torne mais relevante e também dentro da equipe principal, quem que atua mais ou atua como titular, enfim. A gente só vai conseguir isso se continuarmos formando atletas. Não podemos depender de safras, temos que ter processos e métodos que garantam que isso seja recorrente e ofereça para a equipe principal atletas de boa qualidade”, avaliou Paulo Assis.  

Patrocinadores 

(Foto: Daniel Hott/América)
 
As receitas provenientes de patrocinadores representam um número significativo do orçamento do clube. No ano passado, o América arrecadou R$ 5.658.941,00 em patrocínios. Apesar do impacto da pandemia do novo coronavírus nas finanças americanas, o Coelho continua a receber de seus parceiros. 

“Sem dúvida as receitas comerciais e de patrocínio serão impactadas, muito mais na prospecção do que necessariamente de pagamento. Então, eu queria agradecer aos nossos patrocinadores, porque todos mantiveram o pagamento. Teve apenas uma situação pontual de placa, que a gente negociou, mas não são patrocinadores de camisa necessariamente e eles tiveram que mudar o perfil do investimento. Mas em geral eles estão mantendo o pagamento em dia”, disse. 

“Os patrocinadores estão sendo muito parceiros e eles estão vendo o empenho nosso, com várias ações sendo promovidas e que também estão divulgando a marca deles. Então, eu costumo dizer que o América tem uma premissa muito forte, transformar todos os seus fornecedores em parceiros de negócios. Então, independentemente do perfil do patrocínio, a gente está sempre engajado, motivando esse patrocínio. Quem entra vira parceiro e via de regra ele está satisfeito”, concluiu.   

O América ainda segue em busca de novos parceiros. A mineradora multinacional Vale negocia com o clube um patrocínio no valor de R$ 1 milhão

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