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COPA DO BRASIL

Atlético perde para o Figueirense no tempo normal, mas Victor é decisivo nos pênaltis e leva time à quarta fase da Copa do Brasil

No tempo normal, mesmo com a vantagem, time mineiro foi derrotado por 2 a 1; goleiro, que errou em um dos gols, deixou o Independência como herói

postado em 15/03/2018 00:03 / atualizado em 15/03/2018 14:00

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

O drama para o Atlético na Copa do Brasil começou cedo. Depois de vencer o Figueirense fora de casa, por 1 a 0, o Galo jogou com a vantagem no Independência, mas acabou derrotado pelos catarinenses, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira. Como o regulamento do gol qualificado fora de casa foi abolido, a decisão da vaga na quarta fase foi para os pênaltis. E Victor, que tanto brilhou com a camisa do Alvinegro neste tipo de disputa, voltou a ser protagonista. Ele pegou duas cobranças, de Jorge Henrique e Diego Renan, e foi responsável direto pela classificação nas penalidades.

Apesar da classificação, o Galo mostrou que precisa melhorar muito se quiser brigar por títulos em 2018. Mesmo contra um adversário da Segunda Divisão nacional, o Atlético não conseguiu se impor e pouco ameaçou o adversário. Desde o ano passado, o time perdeu a identidade como mandante e a partida contra o Figueirense foi dificílima.

O time visitante saiu na frente, com gol do ex-atleticano Zé Antônio, de falta, em erro de Victor. A bola fez curva, mas entrou no meio do gol. O Galo empatou com Ricardo Oliveira. Na etapa final, quando o jogo estava morno, Jorge Henrique aproveitou falha da defesa alvinegra para dar números finais ao tempo regulamentar.
Nos pênaltis, os atleticanos foram perfeitos. Fábio Santos, Ricardo Oliveira, Tomás Andrade e Luan marcaram. Victor pegou duas, ambas no lado direito, e garantiu o Galo na próxima fase. O Atlético conhecerá o adversário em sorteio na próxima segunda-feira, às 11h, na sede da CBF.

O jogo


Antes do início da partida no Independência, muitas homenagens a Bebeto de Freitas, ex-diretor de administração e controle do Atlético, que faleceu na Cidade do Galo, nessa terça-feira. Foi respeitado um minuto de silêncio no Horto, e o ex-dirigente foi bastante aplaudido.

O Galo teve duas mudanças em relação ao time que vinha jogando como titular. A primeira foi por ordem médica. Elias, com amigdalite, deu lugar a Arouca. A segunda, por opção técnica. Cazares ganhou a vaga de Erik. O camisa 10 voltou ao time e foi importante na articulação de jogadas no primeiro tempo e ajudou muito o time na saída de bola, dificultada pela marcação alta da equipe catarinense.

Precisando da vitória para não ser eliminado, o Figueirense começou o jogo marcando no campo do Atlético e dando pouco espaço para os donos da casa jogarem. No início, o Galo teve muitas dificuldades e a partida ficou marcada pelos desperdícios de lances das duas equipes.

O Atlético não conseguia construir jogadas, sempre pecando no passe. Foram muitos erros na etapa inicial (19). Num deles, Adilson deu a bola no pé do adversário, que saiu em contra-ataque e sofreu falta. Na cobrança, aos 21', Zé Antônio, velho conhecido da torcida alvinegra, chutou forte. A bola fez curva, mas foi no meio do gol e enganou Victor, que pulou para o canto e acabou aceitando: 0 a 1.

Se errou o passe que originou o início da jogada do gol dos catarinenses, Adilson, destaque alvinegro no primeiro tempo, tratou de corrigir a falha rapidamente. Aos 25', ele achou Ricardo Oliveira livre, dentro da área. O camisa 9 finalizou com perfeição de perna esquerda, sem chances para o goleiro Denis, e explodiu o Independência: 1 a 1. Pouco depois, o centroavante alvinegro quase virou, com bela finalização de fora da área, que foi defendida pelo goleiro do Figueirense. Após o empate, o Galo comandou as ações da partida, mas não conseguiu chegar à virada.

O segundo tempo começou morno, com as duas equipes lutando muito, mas sem muita inspiração. Para tentar dar mais velocidade à equipe, Larghi colocou Luan na vaga de Róger Guedes, mais uma vez apagado. O ritmo seguiu lento até que, numa jogada despretenciosa, o Figueirense voltou a ficar à frente no placar. André Luís recebeu na área e tentou fazer o pivô. A bola sobrou para Jorge Henrique, que foi travado. Caído no chão, Leonardo Silva tentou afastar, mas deu a bola nos pés do próprio Jorge Henrique, que concluiu no canto, sem chances para Victor: 1 a 2.

Logo depois do gol, Larghi colocou Tomás Andrade na vaga de Otero. O treinador foi vaiado por causa da substituição. O Atlético foi com tudo para cima, mas encontrou muita resistência do Figueirense e pouco criou. Na melhor chance, Ricardo Oliveira parou em boa defesa de Denis após finalização de fora da área. Fim de jogo e vaias do torcedor, que esperava a classificação após a vantagem no primeiro jogo.

Nas cobranças de pênalti, Victor voltou a mostrar porque é chamado de santo pela torcida do Atlético. O goleiro pegou duas cobranças, o Galo marcou em todos os chutes, e o camisa 1 saiu ovacionado como herói após a dramática classificação.

Cobranças de pênaltis – Atlético 4 x 2 Figueirense

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Jorge Henrique, do Figueirense – Bateu no canto direito e Victor fez a defesa
Fábio Santos, do Atlético – Bateu no canto direito e marcou o gol
André Luís, do Figueirense – Bateu no meio do gol e marcou
Ricardo Oliveira, do Atlético – Bateu no canto esquerdo e marcou
Diego Renan, do Figueirense – Bateu no canto direito e Victor fez a defesa
Tomás Andrade, do Atlético – Bateu no canto esquerdo e marcou
Cedrón, do Figueirense – Bateu no canto direito e marcou
Luan, do Atlético – Bateu no canto direito e marcou

ATLÉTICO 1 (4) X (2) 2 FIGUEIRENSE

Atlético
Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel (Maidana) e Fábio Santos; Adilson e Arouca; Róger Guedes (Luan), Cazares e Otero (Tomás Andrade); Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi

Figueirense
Denis; Diego Renan, Nogueira, Cleberson (Eduardo) e Guilherme Lazaroni; Zé Antônio, Betinho (Pereira), Jorge Henrique, Gustavo Ferrareis e Maikon Leite (Cedrón); André Luis
Técnico: Milton Cruz

Gols: Zé Antônio, aos 21, e Ricardo Oliveira, aos 25 minutos do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 25 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Ricardo Oliveira (ATL); Gustavo Ferrareis, Jorge Henrique (FIG)

Motivo: Jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil
Local: Independência, em Belo Horizonte

Público: 15.169 torcedores.
Renda: R$ 199.445,00.

Data e horário: 14 de março de 2018 (quarta-feira), às 21h45
Árbitro: Dyorgines José Padovani de Andrade - ES (CBF)
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires - ES (CBF) e Vanderson Antônio Zanotti - ES (CBF)

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