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Savarino e Rafael, 'erro' com Maicon Bolt e situação de Adilson: vice-presidente do Atlético fala sobre futuro e mercado do clube

Lásaro Cândido abordou temas importantes em entrevista na última terça-feira; dirigente elogiou Savarino e manteve cautela com situações de eventuais chegadas no Galo

postado em 29/01/2020 15:24 / atualizado em 29/01/2020 15:25

(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


O mercado de transferências do Atlético segue em ritmo acelerado. Depois de cinco reforços, o clube segue à procura de alvos na janela. Em entrevista à Rádio da Massa, o vice-presidente do clube, Lásaro Cândido, falou sobre dois deles e também destacou as situações de Adilson e Maicon Bolt.

Em destaque nos Estados Unidos, o meia-atacante venezuelano Jefferson Savarino foi ligado a uma transferência para o Galo. O jogador trabalhou com Dudamel na seleção e foi bastante elogiado por Lásaro: “Gosto dele. É um jogador que faz ali a meia e faz também o lado. Cumpre bem isso. Eu gosto desse jogador. Temos que aguardar”.

O vice-presidente atleticano também destacou a procura por um novo goleiro no mercado, em vista da iminente saída de Cleiton para o Red Bull Bragantino e os recentes problemas físicos de Victor. Lásaro aproveitou, também, para elogiar Michael, titular do time nas últimas partidas: “Temos o Michael subindo agora (da base), excelente, uma excelente pessoa, um profissional muito dedicado. Merece tudo que está tendo. Na base tem muito menino bom, mas temos que ter responsabilidade”. 

Especulado no Galo, o goleiro Rafael negocia sua rescisão com o Cruzeiro. Em relação ao interesse no jogador, Lásaro destacou a questão contratual com outro clube. “Aí eu não posso cogitar, ele tem contrato. Tem ótimos goleiros aí. Goleiro sempre é uma posição... Não é muito fácil. Tem muito goleiro bom. Goleiro que tem contrato, a gente não tem que falar”, explicou.

Na atual temporada, o Galo já anunciou quatro jogadores: o lateral-direito Maílton, o volante Allan e os meias-atacantes Hyoran e Dylan Borrero. Além deles, o lateral-esquerdo Guilherme Arana já chegou em Belo Horizonte e será anunciado pelo clube em breve.

“Erro” com Maicon Bolt

O vice-presidente atleticano comentou sobre uma eventual saída de Maicon Bolt e descreveu a contratação do atleta como um “erro”. O dirigente, inclusive, citou grandes clubes como exemplos de equívocos de transferências, relembrando a passagem do atacante Keirrison pelo Barcelona. O centroavante nem sequer atuou com a camisa culé, e acabou emprestado diversas vezes.

“Foi um erro, claro. É um jogador que, na avaliação que foi feita lá atrás... Ele inclusive estava sendo disputado (por outros clubes). Mas não desempenhou o que era esperado. Você pega todos os grandes times do mundo, tem grandes erros. O Keirrison foi contratado pelo Barcelona. Não jogou nem no time B do Barcelona. Isso acontece. Mas é importante minimizar erros”, explicou.

Lásaro também comentou sobre o possível empréstimo de Maicon ao CSA. Segundo ele, a transferência não aconteceria devido ao fato de o jogador possuir um salário muito alto. Outro motivo que inviabilizaria a negociação seria a vontade do atleta em ficar no Galo, como dito por ele, anteriormente, ao Superesportes. Lásaro também comentou sobre eventual rescisão de contrato: “O jogador não queria ir, tem uma série de problemas. Dependendo do valor que se paga, de repente é melhor fazer um acerto (para rescindir)”.

Maicon Bolt tem contrato com o Atlético até o final de 2021 e possui um dos salários mais altos do elenco. Com vencimentos de 100 mil dólares mensais (R$ 422 mil), o atacante tem passagem muito decepcionante pelo Galo até então e é um jogador difícil de ser negociado.

Exageros no “Caso Adilson”

Lásaro também falou sobre a ação de Adilson contra o Atlético na Justiça. Aposentado como atleta profissional em julho de 2019 devido a uma doença cardíaca, o ex-volante integrou a comissão técnica do time até o final do mesmo ano. Com a chegada de Dudamel, ele foi demitido do clube e moveu ação contra o Galo alegando não ter recebido salários desde julho.

(Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)


Além de cobrar o pagamento dos vencimentos até o final do seu contrato (dezembro de 2020), Adilson afirma que um tratamento precoce poderia evitar o fim de sua carreira e prolongá-la até os 36 anos (2023), e acredita que deveria receber 1/3 do valor do salário atual por mais três anos - o valor seria de R$ 116.666,66, que é parte dos R$ 350 mil mensais.

O vice-presidente atleticano falou sobre possíveis exageros do ex-jogador na ação: “Nós não recebemos a ação (judicial) ainda. A ação não chegou ao Atlético, então não há como avaliarmos os termos integrais. Pelo que foi divulgado até então, ele formula uma série de postulações que são, no mínimo, controvertidas. Mas vamos examinar com cuidado”.

Além de eventuais equívocos de Adilson, Lásaro também questiona a forma com que o ex-volante direciona a ação judicial contra o Atlético, dizendo “faltar respeito” com o clube. O dirigente também falou sobre a doença que tirou Adilson de campo não ser um acidente de trabalho.

“Ele afirma, segundo a imprensa noticiou, que havia sofrido um acidente de trabalho. Adilson não sofreu um acidente de trabalho, e isso nós acompanhamos integralmente. Ele tem um problema congênito (do coração), que se agravou com o tempo que se agravaria, mesmo se ele não fosse jogador de futebol profissional. A gente respeita muito o Adilson. Temos que respeitar as pessoas, mas ele também tem que respeitar o Atlético”, destacou.

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