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JUSTIÇA

Tupi pede afastamento do procurador Paulo Schmitt do caso da Aparecidense

Segundo clube mineiro, Schmmit tem laços de amizade com advogado da equipe goiana

postado em 20/09/2013 15:22 / atualizado em 20/09/2013 15:39

Divulgação / Tupi
Enquanto aguarda o julgamento dos recursos protocolados pela Aparecidense e pelo Procurador Paulo Schmitt contra a decisão de primeira instância que eliminou a equipe goiana da Série D, o Tupi trabalha por fora para tentar fazer com que a determinação judicial seja mantida a seu favor. Nesta sexta-feira, o clube juiz-forano anunciou o pedido de afastamento do procurador do caso, alegando que ele teria laços de amizade com a família do advogado da Aparecidense, João Vicente de Moraes.

Os dois recursos se baseiam na mesma argumentação de que o episódio envolvendo a invasão de campo do massagista Esquerdinha para evitar o gol decisivo do Tupi não coaduna com o artigo 205, considerado pelos auditores na sentença. O artigo fala em ‘impedir o prosseguimento de partida, prova ou equivalente que estiver disputando, por insuficiência numérica intencional de seus atletas ou por qualquer outra forma”.

A Procuradoria e a Aparecidense argumentam que o ocorrido só pode ser enquadrado no artigo 243-A (atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente), que faria com que a partida fosse anulada.

Para o Tupi, no entanto, Schmitt e o clube goiano teriam mais em comum do que apenas o fato de não concordarem com a sentença de primeiro grau, e isso poderia comprometer o andamento do processo.

“Respeitamos o trabalho do doutor Paulo (Schmmit) mas, com os fortes laços de amizade dele com os envolvidos, seria mais prudente para a imagem do Tribunal o seu impedimento. Descobrimos que o procurador do STJD, e João Bosco Luz, presidente do Goiás e pai do advogado da Aparecidense, João Vicente de Moraes, têm uma relação direta advinda do Tribunal. A Aparecidense é uma filial do Goiás, que empresta jogadores e banca os salários de vários atletas. A relação deles vai além”, afirmou o diretor-executivo de futebol do galo Carijó, Alberto Simão.

O julgamento dos recursos no Pleno do STJD está previsto para ocorrer na próxima quarta-feira.

Entenda o caso

O episódio que deu origem ao imbróglio judicial ocorreu no dia 7 de setembro, no duelo da volta entre Tupi e Aparecidense, pelas oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. Aos 44 da etapa final, o massagista da equipe goiana invadiu o campo, defendeu a bola duas vezes e evitou o gol de Ademílson, que daria a vitória ao clube mineiro por 3 a 2 e vaga na fase seguinte.

Depois do lance, o massagista fugiu para o vestiário, deixando os jogadores do Tupi enfurecidos. A partida foi então reiniciada pelo árbitro Arilson Bispo da Anunciação, mas terminou empatada por 2 a 2, resultado que eliminaria o Galo Carijó da competição

Tags: afastamento recurso procuradoria stjd aparecidense tupi