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ENTREVISTA

Renan Oliveira dá como certa a transferência para o América: 'Só falta assinar o contrato'

Em entrevista ao Superesportes, jogador celebrou a chance de atuar no Coelho

postado em 18/08/2014 19:55 / atualizado em 18/08/2014 22:16

Rafael Arruda /Superesportes

Paulo Paiva/DP/D.A Press

Renan Oliveira será o 30º reforço do América em 2014. Apenas uma assinatura de contrato separa o armador de 24 anos e o Coelho. O próprio jogador, que tem vínculo com o Atlético até dezembro de 2016, já fala como integrante do grupo alviverde. “Hoje ficamos resolvendo isso. Não digo que está 100%, mas bem encaminhado. Na terça ou quarta-feira devo assinar contrato até o fim do ano”, disse Renan, em contato com a reportagem do Superesportes nesta segunda-feira.

Liberado do treino do Sport na tarde desta segunda-feira, Renan Oliveira conversou com Alexandre Faria, superintendente geral do América. O meia-atacante já havia prometido procurar o Coelho caso rescindisse o contrato com o clube rubro-negro. “Conversei diretamente com o Alexandre Faria. Tínhamos esse entendimento. Agora é assinar o acordo e seguir forte na Série B do Brasileiro”, disse.

O América será o sexto clube da carreira de Renan Oliveira. Antes, o jogador defendeu Atlético, que o revelou para o futebol, Vitória, Coritiba, Goiás e Sport. Os direitos econômicos do atleta estão divididos entre a equipe alvinegra (50%), a Traffic (30%) e o Grupo Bretas (20%). Renan ficará no CT Lanna Drumond até o fim da Série B. Ele reencontrará Mancini, Tchô e Obina, antigos colegas de Atlético, e Bruninho, companheiro de Sport no primeiro semestre.

Leia a entrevista com Renan Oliveira

Nos últimos dias, dirigentes de Sport e América comentaram publicamente sobre sua transferência. Podemos definir como certa a negociação?

Hoje ficamos resolvendo isso. Não digo que está totalmente certo, porque ainda não assinei o contrato. Mas está bem encaminhado. Na terça ou quarta-feira devo estar em Belo Horizonte para assinar contrato. Será até o fim do ano.

Você tinha propostas de outros clubes. A Portuguesa, por exemplo, te procurou. Pesou o fato de voltar para Belo Horizonte?

Não só o fato de voltar para Belo Horizonte, mas também a possibilidade de atuar em um clube organizado e que demonstra boa capacidade para subir. Além disso, havia dado a minha palavra ao Alexandre Faria (superintendente geral do América) que o procuraria caso rescindisse com o Sport. A Portuguesa é um grande clube, tem um excelente treinador que é o Silas, mas também queria retornar para onde fui criado, perto de amigos e familiares.

O interesse do América em seu futebol é mais antigo, certo?

Sim, é verdade. Em 2010, quando ainda estava no Atlético, estive com um pé no América. Seria emprestado para a sequência da Série B. Mas aí o Dorival Júnior foi contratado e disse que queria contar comigo no grupo. Acabei ficando naquela ocasião.

Você estava em baixa no Sport. O América te dará a oportunidade para reencontrar o melhor futebol?

Então. Fiz 13 partidas neste ano pelo Sport, sendo sete como titular. Em quase todos os jogos eu atuei fora da posição. Não ficava no meio como gostava, mas sim aberto pelas pontas. Por isso não consegui render o esperado. Senti dificuldades.

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press


Mas no América, por exemplo, você terá concorrência no meio-campo. Mancini, Tchô, Willians...

Isso é bom para o treinador, bom para a equipe, bom para todo mundo. Sempre é positivo um elenco ter boas opções. A concorrência tem que ser sadia em campo. Fora, a amizade prevalece. Mas vamos com calma. Quero chegar, me ambientar e buscar meu espaço.

No América, você reencontrará Obina, Tchô e Mancini. Conversou com eles recentemente?

Não cheguei a conversar, mas gostei muito de jogar com eles. Tive meus melhores momentos no Atlético ao lado de Obina, em 2010. Junto com o Tchô, atuei mais no início da minha carreira. E também joguei junto com o Mancini. São amigos que tenho e, com certeza, minha adaptação será rápida.

E o técnico Moacir Júnior? Já teve oportunidade de conversar?

Não cheguei a conversar com ele, mas conheço o trabalho. Vamos esperar para chegar, conhecer a filosofia dele e mostrar serviço.

No América também tem o Bruninho, que jogou contigo no Sport. Foi ele quem te “contratou”?

Metade disso pode colocar na conta dele. Cinquenta por cento (risos)... O Bruninho é um amigo que tenho na vida. Tive o prazer de conviver com ele no Sport e construí uma amizade muito boa. Ele também está buscando seu espaço, é guerreiro, tem qualidade e com certeza somará muito ao elenco do América.

O América alterna bons e maus momentos na Série B. Como você analisa esta situação?

A Série B é um campeonato muito complicado. Talvez mais que a Série A. Torneio muito bem disputado. Quando fui campeão pelo Goiás, em 2012, acho que a diferença do primeiro para o quinto colocado foi de apenas sete pontos. Então isto é normal. Vamos tentar ajudar o América a conseguir uma sequência maior de vitórias e a, se tudo der certo, retornar para a Série A.

Retornando à Série A, pensa em ficar mais um ano ou ainda é cedo para tais projeções?

Acho que ainda é cedo para avaliar isto. Quero, primeiramente, ajudar o colocar o Coelho na elite. Mas se tudo sair como esperado, podemos sim, por que não, pensar em continuar.

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