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Salum volta a protestar contra arbitragem e convoca torcida do América a comparecer no Independência para 'decisão' diante do Galo

Presidente do Coelho diz que pode colocar time sub-23 no Estadual de 2019

postado em 23/03/2018 19:31 / atualizado em 23/03/2018 19:41

Mourão Panda/América
A arbitragem polêmica no duelo contra o Atlético, pelo jogo de ida das semifinais do Campeonato Mineiro, ainda rende entre os dirigentes do Coelho. Nesta sexta-feira, o presidente do Conselho de Administração alviverde, Marcus Salum, voltou a protestar sobre a forma que a partida foi conduzida nessa quinta e convocou a torcida a comparecer no confronto da volta, que será domingo, às 16h, no Estádio Independência.

Em entrevista ao programa Turma do Bate Bola, da Rádio Itatiaia, Salum explicou ao torcedor do América que fez de tudo para ter arbitragem de fora do estado no confronto da semifinal. Isso porque no mês passado, em outro clássico contra o Atlético, o Coelho já havia protestado contra Igor Júnio Benevenuto, que conduziu aquela partida, e seus auxiliares. O juiz, no entanto, voltou a ser sorteado pela Federação Mineira de Futebol (FMF) para apitar um jogo do time alviverde.

Nessa quinta, aos 41 minutos do primeiro tempo, Aylon marcou após cruzamento de Luan. No lance, o assistente Ricardo Junio de Souza entendeu que o lateral-direito Norberto, do América, tocou de cabeça na bola antes da conclusão final de Aylon, o que deixaria o atacante em condição de impedimento. No entanto, imagens de TV confirmaram que não houve o desvio. Mas Salum não reclamou só deste lance. O presidente também questionou a aplicação de cartões amarelos aos jogadores do Coelho.

“O América entrou com um pedido na Federação, e eu só tinha dois caminhos: aceitar as regras da FMF, que era um sorteio entre um mineiro e um árbitro de fora, ou não disputar o jogo. Infelizmente deu mineiro no sorteio, e por uma incompetência, ou falta de previsão da FMF, colocaram o mesmo árbitro. E ele foi regular. Errou no primeiro jogo e errou no segundo, sempre a favor do mesmo time. Esse árbitro foi apitar jogo com papelzinho na mão, para saber quem tinha dois cartões do Atlético. Leonardo Silva não tomar cartão amarelo naquele último lance é um desrespeito para o futebol mineiro. O cartão que o Jory tomou do Elias, que entrou com o pé na barriga dele, é um desrespeito ao futebol mineiro. O gol anulado do Aylon é um desrespeito. No gol do Atlético, o árbitro olhou para a camisa e confirmou. Se fosse nosso, ele teria anulado”, desabafou.

Marcus Salum evitou criticar o presidente da FMF, Castellar Guimarães Neto, e o mandatário da Comissão de Arbitragem também da entidade, Giuliano Bozzano. Salum reconheceu a coerência da direção da Federação ao tirarem o auxiliar Guilherme Dias Camilo de escala. Ele protagonizou a polêmica dos gols anulados do Coelho no primeiro clássico entre América e Atlético no ano. No entanto, o presidente alviverde criticou Igor Júnio Benevento, afirmando que a ‘camisa está pesando’, por conta da pressão.

“Não posso duvidar da idoneidade das pessoas, principalmente do Castellar e do Giuliano. Acredito que colocaram o Igor porque acharam que ele era o melhor árbitro. O bandeira eles tiraram porque fez aquele desastre naquele jogo. Eles acharam que o juiz não tinha culpa naquilo, coisa que eu discordo, tanto é que eu falei que a Federação puxou para ela a responsabilidade. Entenderam que o Igor era o melhor árbitro mineiro. É um árbitro com potencial, mas a camisa está pesando”, disse Salum.

Convocação

O presidente do América aproveitou a oportunidade para convocar a torcida do Coelho a comparecer no Independência domingo. Marcus Salum disse que o time alviverde precisa de um 12º jogador em campo, já que o Atlético conta com um atleta a mais além dos 11, sem indicar que é algum membro da arbitragem. 

O mandatário quer um público semelhante ao que compareceu no duelo contra o CRB, na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. Na ocasião, 22.481 torcedores foram ao jogo, no Independência, que garantiu o título nacional do América.

“Querem ajudar o América? Encham o campo domingo. Nós temos 2/3 do estádio. O Atlético só vai ter 1/3. Eu quero aquela torcida que foi contra o CRB, quero o campo cheio. Quero a nossa torcida como um 12º jogador, porque vamos jogar contra um time que tem 12 jogadores, e um deles não é torcedor. Eu não sei quem é, mas ele jogou os dois jogos contra a gente. Quero que o torcedor americano e mineiro vista a camisa e encha o campo. É uma briga desigual. É desumano”, ressaltou.

Time alternativo em 2019?

Ainda indignado por ter perdido a vantagem do empate no jogo da volta da semifinal, Salum cobrou mudanças em relação a arbitragem. O presidente do América declarou que se nada for feito, o Coelho poderá jogar o Campeonato Mineiro do ano que vem com o time sub-23.

“Ano que vem, se continuar assim, vou entrar no Campeonato Mineiro com o time sub-23. Time principal só vai entrar para não cair. Porque se continuar assim, o campeonato não me interessa. Para que vamos disputar? A final já está decidida. Perdemos a nossa vantagem no apito”, concluiu.

O resultado dessa quinta-feira por 1 a 0 deu ao Atlético a vantagem de jogar por empate na segunda partida da semifinal, com mando do Coelho. O time alviverde iniciou o duelo com a possibilidade de empatar os dois jogos e, ainda assim, avançar. Agora, os comandados de Enderson Moreira precisam vencer por qualquer placar para seguir na competição.

O árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado (CBF) apitará o segundo jogo da semifinal do Campeonato Mineiro entre América e Atlético. O sorteio foi realizado na FMF nesta sexta. Bráulio tem experiência com clássicos mineiros. Em 2016, ele apitou o clássico entre Cruzeiro e Atlético, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Mineirão. Na ocasião, o jogo terminou em empate por 1 a 1, e o árbitro expulsou o lateral-direito cruzeirense Lucas.

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