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Torcida do Atlético quebra recorde mineiro, apoia até o fim, mas se frustra mais uma vez

Mais de 45 mil torcedores compareceram no Mineirão na noite desta quarta

postado em 02/08/2017 23:20 / atualizado em 03/08/2017 01:17

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
A torcida do Atlético fez sua parte. Cantou, incentivou e até bateu o recorde de público no futebol mineiro em 2017. Foram mais de 45 mil pessoas no Gigante da Pampulha, que recebeu o Galo após derrotas seguidas no Independência. No entanto, o time voltou a repetir os erros das partidas anteriores e acabou derrotado pelo Corinthians por 2 a 0.

No fim, o que começou em festa deu lugar a vaias e protestos. A situação do time segue desagradável como mandante no Campeonato Brasileiro. Por isso, os mesmos torcedores que cantaram do início do jogo até o segundo gol do Corinthians, se viram no direito de protestar. Afinal de contas, eles atenderam ao chamado dos jogadores e compareceram em grande número no Gigante da Pampulha.

Recorde

Neste ano, o maior público do futebol mineiro havia sido no empate entre Cruzeiro e Palmeiras, pelas quartas de final da Copa do Brasil, com 41.660 pagantes (44.842 presentes). Nesta noite, 45.259 torcedores atleticanos assistiram à derrota alvinegra no Mineirão.

De volta para casa

A festa começou do lado de fora. Uma multidão acompanhou a chegada do ônibus com a já tradicional 'rua de fogo'. A empolgação era grande. A expectativa também. “Vai acabar o azar em casa hoje”, dizia um. “Vamos acabar com a invencibilidade do Corinthians”, avisava outro.

A volta para 'casa' também foi comemorada. Antes de entrar no Gigante da Pampulha, os torcedores fizeram questão de dizer que o Mineirão é o verdadeiro terreiro do Galo. “Agradeço ao Horto, mas o Mineirão é do Atlético”, disse a estudante Ana Coelho.

Na esplanada do estádio, o clube resolveu fazer uma promoção no preço da cerveja. Para 'fincar' sua marca no local, o Atlético levou o mascote Galo Doido inflável, que era avistado de longe. Além disso, um DJ comandava o som no local.

Apoio até o fim

Nas arquibancadas a festa foi grande antes mesmo do início do confronto. Quando a bola rolou, o torcedor se esqueceu da campanha negativa da equipe como mandante e apoiou o time. A vibração acontecia a cada dividida vencida, a cada carrinho. No entanto, a irritação começou a aparecer quando o árbitro Anderson Daronco apitava lances duvidosos a favor da equipe paulista.

A torcida quase explodiu em lances de Rafael Moura e Cazares, mas foi o Corinthians quem marcou, com o ex-atleticano Jô, que não comemorou. Apesar da frustração, a torcida não se abateu e continuou incentivando a equipe. As vaias só apareceram no fim do primeiro tempo e foram direcionadas ao atacante Pablo, que errou uma sequência de jogadas. Ao apito final, as poucas vaias quase não foram notadas por causa dos aplausos, reconhecimento da atuação da equipe na etapa inicial.

O Galo voltou para o segundo tempo com Otero no lugar de Pablo. O torcedor aplaudiu a mudança e jogou junto com o time. Apoiou, cantou e incentivou os jogadores. O time lutou bastante, mas esbarrava no duro sistema defensivo do Corinthians. Como se não bastasse, o time paulista ainda ampliou o placar, já na reta final do segundo tempo, com Rodriguinho.



Protestos

Após o gol corintiano, surgiram as vaias, os pedidos de raça. A torcida do time paulista cantou alto, incentivou sua equipe. Os atleticanos começaram a deixar, aos poucos, o Mineirão. No fim, o atacante Robinho sofreu com as vaias. Quem ficou, ainda cantou 'time sem vergonha' para os atletas que estavam em campo. Apito final e mais uma derrota alvinegra em casa.

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