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Por títulos em 2021, Atlético muda ações no mercado e aposta na experiência

Técnico Jorge Sampaoli e diretoria entendem que elenco precisa de jogadores com maior vivência para competir em pé de igualdade com outras potências

postado em 07/02/2021 06:00 / atualizado em 06/02/2021 19:14

(Foto: Pedro Souza/Atlético)
Raras são as entrevistas nas quais Jorge Sampaoli não classifica o elenco do Atlético como “jovem”. O treinador vê com bons olhos os investimentos em promessas com bom potencial técnico, mas já disse seguidas vezes à alta cúpula alvinegra: para competir em pé de igualdade com grandes potências financeiras da América do Sul, acredita ser necessário aportar experiência ao grupo de atletas. E ele conseguiu convencer a diretoria a mudar o perfil das buscas no mercado.

Ao longo da temporada 2020, o Atlético passou por um profundo processo de remontagem de elenco e apostou majoritariamente na chegada de jovens jogadores. Dos 19 reforços (veja na galeria abaixo), dez tinham até 24 anos quando foram contratados (Mailton, Allan, Dylan Borrero, Guilherme Arana, Savarino, Léo Sena, Marrony, Bueno, Alan Franco e Matías Zaracho). A eles se soma o meia Nathan, 24, que teve os direitos econômicos comprados junto ao Chelsea após um longo período de empréstimo.

Privilegiar jovens foi uma decisão estratégia da antiga gestão, chefiada pelo agora ex-presidente Sérgio Sette Câmara. Para fortalecer o elenco no último ano de mandato, o dirigente pediu auxílio financeiro dos empresários Rubens e Rafael Menin. Por meio de empréstimos ao Atlético, a dupla topou investir milhões na chegada de promessas. O clube se comprometeu a devolver o dinheiro quando vender os jovens.

A mudança de perfil no mercado já foi percebida no segundo semestre de 2020, mas se intensifica após a troca da presidência alvinegra, em janeiro deste ano. O novo mandatário, Sérgio Coelho, é ainda mais próximo dos empresários, que participam diretamente da gestão e das decisões mais importantes do Atlético. O clube, agora, é gerido por um grupo colegiado formado pelo presidente, o vice José Murilo Procópio e quatro “mecenas”: Rafael Menin, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador.

E o desejo dos seis é bem claro: tornar o Atlético referência continental. Para isso, os empresários toparam aumentar o investimento e direcioná-lo também a jogadores experientes, atendendo ao clamor de Sampaoli. Não que jovens promessas não estejam na mira da diretoria de futebol, chefiada por Rodrigo Caetano. A prioridade, porém, é buscar reforços que mudem o time de patamar.

Por esse pensamento passa a contratação do atacante Hulk, de 34 anos. O Atlético apostou alto no experiente jogador, que tinha proposta para voltar para a Europa, mas optou pelo projeto alvinegro para ser campeão. O outro reforço para a próxima temporada não tem a mesma grife, mas também é “rodado”: o lateral-esquerdo Dodô, que completou 29 anos nesse sábado.

E não vai parar por aí. Rodrigo Caetano e Renato Salvador estão empenhados na busca por uma das grandes estrelas do futebol sul-americano nos últimos anos: o meia argentino Ignacio Fernández, de 31 anos. As negociações com o River Plate são consideradas complexas, mas estão em estágio avançado.

Até situações mais hipotéticas e improváveis envolvem jogadores de renome internacional. Nos últimos dias, Rodrigo Caetano respondeu sobre um eventual interesse em Fernandinho, volante de 35 anos do Manchester City. “Nós não temos nenhuma negociação em curso, pelo menos neste momento”, garantiu, em entrevista à Rádio Super Notícia. Outro nome cogitado é o do lateral-direito Rafinha, 35, que está sem clube desde que deixou o Olympiacos, da Grécia.

Sejam ou não contratados esses jogadores, o Atlético dá um recado ao mercado do futebol: quer conquistar um grande título em 2021. Na próxima temporada, terá pela frente competições como a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e, após um ano ausente, a Copa Libertadores da América.


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