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Por que o Atlético sofre com contra-ataques? Jorge Sampaoli dá explicações

Treinador argentino entende que vulnerabilidade é natural para um time que se propõe a atacar com todos os jogadores de linha

postado em 15/10/2020 17:09

(Foto: Pedro Souza/Atlético)

Nenhum time do Campeonato Brasileiro fica mais com a bola do que o Atlético. Ao melhor estilo Jorge Sampaoli, a equipe mantém a posse a maior parte do tempo (59,3% em média) durante as partidas e se propõe a ser ofensiva. Porém, toda estratégia tem falhas. E uma delas, no caso alvinegro, tem sido a exposição aos contragolpes adversários.

Isso ficou evidente nas derrotas para Botafogo (2 a 1), Santos (3 a 1) e Fortaleza (2 a 1) e mesmo em partidas que o Atlético não perdeu, como contra Fluminense (1 a 1) e Corinthians (3 a 2). Após a igualdade diante dos cariocas nessa quarta-feira, Sampaoli foi questionado sobre os motivos de o Atlético sofrer tanto com as transições em velocidade dos rivais.

Para o argentino, a explicação é simples: uma equipe que se propõe a atacar todo o tempo, como é o Galo, naturalmente ficará mais exposta aos contra-ataques.

"(O Atlético sofre muito com contra-ataques) Porque é a única equipe que se planta totalmente no campo rival. Então, tem que parar transições o tempo todo. Em meio a esse desejo de atacar, quando estamos em inferioridade posicional, os rivais aproveitam no que vêm fazer: jogar por uma bola só, contragolpear rapidamente se aproveitando de um erro ou um ataque mal-sucedido", pontuou.



Para combater os contra-ataques, o Atlético de Sampaoli tem três estratégias utilizadas com mais frequência. A primeira é recuperar a posse assim que perder a bola, para não dar ao adversário a oportunidade de sair em velocidade; a segunda, caso não haja a possibilidade de retomar a bola, é ao menos impedir o contra-ataque a partir da marcação pressão e, dessa maneira, ter tempo para recompor a defesa; a terceira é, como último recurso, parar a jogada com falta.

Para Sampaoli, um bom exemplo para o Atlético é o segundo tempo da partida contra o Fluminense. Depois de uma etapa inicial em que sofreu com os contragolpes, o time alvinegro conseguiu impor o estilo de jogo ofensivo e, ao mesmo tempo, ter poucos sustos defensivos. "Temos que saber que o domínio que geramos quando nos colocamos no campo rival tem que ser como no segundo tempo. Destaco muito isso, porque para mim foi incrível. Temos que seguir por esse caminho", frisou.

No próximo jogo, a tendência é que o cenário do Mineirão se repita em Pituaçu: um Atlético ofensivo e exposto aos contra-ataques. A equipe alvinegra enfrentará o Bahia, a partir das 20h da próxima segunda-feira, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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