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Guga desabafa sobre gás em jogo do Atlético: 'Pior coisa da minha vida'

Partida contra o América de Cáli-COL foi disputada em meio a protestos e violência nos arredores do Estádio Romelio Martínez, em Barranquilla, na Colômbia

postado em 14/05/2021 00:33 / atualizado em 14/05/2021 00:49

(Foto: Pedro Souza/Atlético)

O lateral-direito Guga desabafou sobre a situação vivida pelos jogadores de Atlético e América de Cáli-COL, que sofreram com o gás lacrimogêneo durante a partida desta quinta-feira em Barranquilla, na Colômbia, pela Copa Libertadores. O produto foi disparado pela polícia durante as manifestações nos entornos do Estádio Romelio Martínez, onde o jogo foi disputado.



"Foi a pior coisa da minha vida. Particularmente, nunca tinha passado por isso. Não tinha condições, tanto que a gente não conseguia ficar dentro de campo, ardia tudo, olho, nariz, garganta, tudo. Uma das piores sensações que eu já passei dentro de um campo de futebol. Espero nunca mais passar", afirmou Guga, em entrevista coletiva após a vitória atleticana por 3 a 1.

O lateral-direito afirmou que, durante as conversas que tiveram nas várias paralisações que houve ao longo da partida, os jogadores tratavam a situação como uma "guerra". "A gente voltou ainda mais focado, ainda mais unido, indo para uma guerra mesmo para sair com os três pontos, que era muito importante para nós", relatou.

"É uma sensação muito adversa, porque a gente não espera nada disso. É como falei, nunca tinha passado por isso. Realmente, era muito incômodo ficar dentro de campo, respirar, qualquer coisa. No primeiro tempo a gente estava contra o vento, então a sensação era pior, pois vinha o vento todo na sua cara, com aquele gás. Por estar suado, com o olho molhado, ardia mais ainda", disse.


"Era muito difícil ficar dentro de campo, ver a bola. Teve uma situação que a bola estava vindo, fui olhar para cima e o olho encheu de lágrimas, não consegui olhar direito. Espero que isso acabe e nunca mais passe por isso", completou o jogador.



As manifestações começaram em 28 de abril em contrariedade a mudanças tributárias desejadas pelo governo federal. Depois dos protestos, o projeto foi retirado da pauta legislativa. No entanto, a revolta social continuou na Colômbia. Os objetivos são diversos e vão desde a criação da renda básica e o fim da violência policial até a rejeição de um plano de reforma da saúde.



Em campo, a vitória fez o Atlético chegar aos 10 pontos, isolar-se na liderança do Grupo H e garantir classificação às oitavas de final da Libertadores com duas rodadas de antecedência.


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