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Presidente do Atlético critica proibição de torcida: 'Feira Hippie pode'

Em ponto tradicional de comércio de Belo Horizonte, dirigente questionou fechamento de estádios para os torcedores e pediu explicação das autoridades

postado em 22/08/2021 15:21 / atualizado em 22/08/2021 17:39

(Foto: Reprodução/Twitter/Bruno R. Schwatz)

O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, recebeu com surpresa a decisão da prefeitura de Belo Horizonte de proibir a presença de torcedores em jogos de futebol. A medida foi tomada neste domingo pelo administrativo municipal em razão das falhas nos protocolos sanitários de prevenção à COVID-19 em dois eventos-teste: Galo x River, quarta-feira, pela Copa Libertadores, e Cruzeiro x Confiança, sexta-feira, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Para demonstrar seu descontentamento com a PBH, Sérgio Coelho gravou um vídeo sem máscara na Feira Hippie - tradicional ponto de comercialização de arte, artesanato, roupas e comida aos domingos na Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte. O mandatário alvinegro direcionou o recado ao secretário de Saúde da capital, Jackson Machado, e ao prefeito Alexandre Kalil. O conteúdo foi compartilhado no Twitter de Bruno Schwatz, conselheiro do Instituto Galo.


“Sempre venho aqui na Feira Hippie, acho super bacana, muita gente trabalhando, show de bola. Fui surpreendido com a notícia, mas antes de dar qualquer posicionamento, gostaria de ouvir o Dr. Jackson Machado, secretário de Saúde do município de Belo Horizonte, e também o prefeito - não sei se ele vai dar esse prazer para a gente de se explicar”, afirmou Coelho.

O presidente atleticano destacou que, durante a manhã, cerca de 30 mil pessoas estiveram na Feira Hippie - a maioria, segundo ele, sem máscara. Já na quarta-feira, quando o Mineirão recebeu quase 18 mil torcedores em Galo x River, o público que entrou no estádio precisou apresentar o exame com resultado negativo para COVID-19. Sérgio então questionou: por que Feira Hippie pode e estádio de futebol não?

“A gente respeita a decisão tomada por eles, o Atlético sempre será cumpridor de suas obrigações no meu mandato, se Deus quiser. Mas sem fazer qualquer juízo de valor, gostaria de entender porque aqui na feira hippie, mais cedo, tinha mais de 30 mil pessoas aqui”, frisou.

“Agora, às 13h35, olhe como estão as mesinhas dos botecos. Então se não pode ter público no estádio, onde os torcedores vão obrigatoriamente testados, por que a Feira Hippie com 30 mil pessoas, ninguém testado e todos sem máscara, pode ter? Depois que ouvir a explicação, a gente se posiciona. Por enquanto ficamos mineiramente quietinhos”, complementou.

prefeito de BH, Alexandre Kalil, convocou uma coletiva para esta segunda-feira, às 10h, para se manifestar sobre o veto às torcidas nos estádios e certamente comentará as declarações de Sérgio Coelho.

Na quarta-feira, 17.030 espectadores pagaram ingresso (renda superior a R$2,68 milhões) para assistir à vitória do Atlético sobre o River Plate por 3 a 0, no Mineirão, pela volta das quartas de final da Copa Libertadores. O número total de pessoas nos arredores do estádio foi bem maior, já que muita gente sem ingresso compareceu ao local para curtir a festa.

Outras falhas foram detectadas na venda de bebidas alcoólicas nas ruas, no atraso na abertura da esplanada, na aglomeração no acesso ao estádio, na fiscalização ruim, no desrespeito à obrigatoriedade do uso de máscara dentro do Mineirão e na grande quantidade de torcedores reunidos na saída após o encerramento da partida.

Com o recuo da prefeitura de Belo Horizonte quanto à presença de público, o Atlético estuda a possibilidade de mandar os jogos das semifinais da Copa Libertadores no estádio Nacional, em Brasília, ou no Parque do Sabiá, em Uberlândia. O Galo enfrentará o Palmeiras nos dias 21 (fora) e 28 de setembro (casa), duas terças-feiras, às 21h30.


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