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Campeões brasileiros de 1997 analisam as chances de permanência do América na elite

Ex-atletas apontam bicampeonato como motivação para Primeira Divisão

postado em 23/11/2017 11:00 / atualizado em 23/11/2017 12:22

Marcelo Sant'Anna/Arquivo/EM/D.A Press

Quebrar tabus. Esse parece ser o destino do América na Série B do Campeonato Brasileiro. Em primeiro lugar, poderá se juntar ao seleto time de bicampeões do torneio, que tem Palmeiras, Goiás, Coritiba, Paysandu e Paraná. Pode também ser a equipe menos vazada em uma edição. Até agora, sofreu 25 gols. E o recorde pertence ao Palmeiras, em 2013, com 28. Além disso, o América se igualou ao Figueirense, que havia sido o único último colocado na Série A a voltar à elite logo no ano seguinte à queda, desde que as competições passaram a ser disputadas no formato atual, em 2006.

O foco agora é atingir uma marca ainda mais grandiosa, que é ser o primeiro lanterna da Primeira Divisão a ser campeão da Segundona na temporada seguinte. Além disso, o Coelho pode se tornar o terceiro clube com o menor número de derrotas: cinco. Corinthians e Portuguesa são os recordistas, com três cada.

A campanha americana mexe com dois ex-campeões brasileiros de 1997: o volante Pintado e o quarto-zagueiro Wellington Paulo, que acompanham a competição desde o início e, pelo que contam, nunca deixaram de seguir o Coelho.

Pintado diz estar feliz como nos tempos de jogador e como se ainda estivesse jogando. São muitos os motivos para isso, segundo ele. “O América mostra que tem estrutura de time grande. Segue uma ideologia de trabalho. As contratações foram pontuais, benfeitas. A diretoria fez tudo certinho. A prova disso é o resultado. Garantiu o acesso à Série A com quatro rodadas de antecedência e agora está a um passo do título.”

O ex-meio-campo americano vê muito mais. “A história mostra que o América tem a receita certa para estar na Primeira Divisão, afinal de contas, sempre conquista o acesso. Sabe como fazer isso, sabe o caminho. Torço agora pela permanência. Não será fácil, como ficou provado neste ano, pois alguns dos chamados times grandes tiveram dificuldades para permanecer na Série A. O América está mostrando que não é um clube de Série B, mas sim da A, e que tem estrutura para estar lá. Seus profissionais são capazes, tanto os da comissão técnica como os jogadores. É de Primeira. Por isso, tem de conseguir se manter.”

Utilizar a base, segundo Pintado, é uma mostra de como se deve trabalhar. “O América zela pela base. O problema é que os outros, como Cruzeiro e Atlético, se aproveitam disso. O trabalho de um grande clube começa pela base e o América está provando isso.”

Wellington Paulo também está entusiasmado com a campanha do Coelho. “Ser bicampeão da Série B não é pra qualquer um. Está a um passo da façanha. Ganhar duas vezes nesse nível não é fácil. Vai conseguir e isso será importante para que se mantenha na Primeira Divisão ano que vem. Ser o primeiro é um incentivo a mais. É importante.”

O ex-zagueiro vê a defesa como destaque. “Os números mostram que nesse fundamento o América é muito forte. Foi assim ao longo de toda a competição. E mostra uma união do grupo, pois, para se ter uma boa defesa, tem de começar a marcar lá na frente, no ataque. É o que chamamos de ajuda. Todos têm a consciência do que é preciso fazer para chegar às vitórias.”

EM/D.A Press


ARBITRAGEM Um árbitro de primeira, de Série A. Assim reagiram os dirigentes do América ontem, quando receberam o comunicado de que o jogo de sábado, contra o CRB, será conduzido pelo árbitro Fifa Luiz Flávio de Oliveira. Seus auxiliares serão Danilo Ricardo Simon Manis e Miguel Caetano Ribeiro da Costa, todos de São Paulo.

Marcus Salum, que voltará em 2018 ao Conselho Administrativo do clube, foi o representante do América em reunião na CBF, terça-feira, sobre a escolha da arbitragem para o jogo contra o CRB. Segundo ele, foi importante “ter podido ir lá e conversar, falar da preocupação do América”.

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